segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Ontem foi a mudança, hoje deve ser a resistência

Quatro anos atrás, em São Vicente dizia-se "chega da família França, precisamos de mudança!", e mudamos! A mudança veio com a surpreendente eleição de Luiz Cláudio Bili. As vésperas das novas eleições Bili não apenas deixou de representar mudanças como passou a representar o total fracasso de tal tentativa.

Diante destes fatos, novamente um candidato indicado por Márcio França - Pedro Gouveia (PMDB), lidera as pesquisas com ampla vantagem, havendo inclusive a possibilidade de se eleger já no primeiro turno. Entretanto tal vantagem não é proveniente de sua capacidade política ou carisma,  o fato é que o povo se arrependeu da mudança. Não por este desejo de mudança ser ilegítimo ou qualquer outro motivo semelhante, o problema foi o abismo em que a cidade se afundou nesses quatro anos, em partes por incapacidade de nosso atual prefeito, em partes pela crise financeira mundial e também, não nos esqueçamos, pela prática da política do "quanto pior melhor" por parte de alguns vereadores de oposição ao atual governo e outros políticos ligados à cidade - os quais prefiro não citar para evitar processos - que tinham interesse em retomar o poder.

Por esses motivos a população vicentina está prestes a retroceder e eleger mais um apadrinhado do vice-governador Márcio França, porém isso não me parece boa ideia, pelo contrário, seria entregar o município, de papel passado, para os França e ter que aturá-los no governo por mais não apenas quatro ou 16 anos, mas talvez por décadas. Tudo por conta de uma rápida recuperação inicial da cidade seguida de um longo período de estagnação como já vimos entre 1996 e 2012, nos governos Marcio França e Tércio Garcia.

Mas não é hora de retrocedermos, pelo contrário é hora de resistirmos e seguirmos em frente. É quase certo que desta forma passaremos por pelo menos mais quatro anos de recessão, mas creio ser esse um mal necessário para que possamos mostrar de uma vez por todas para aqueles que querem tomar a cidade definitivamente para si, que não aceitaremos esse tipo de política suja e opressora por eles praticada, que aprendemos a escolher nosso governantes e não vamos nos tornar reféns de um único político, por mais poderoso que ele seja ou pense ser.

Para isso sugiro que, no próximo domingo, tenhamos 2 linhas de raciocínio:

1- Votar estrategicamente para prefeito, visando não apenas aquele candidato que é o seu preferido, mas sim um que tenha reais condições de ir ao segundo turno e vencer Pedro Gouveia.

2- Ter mais atenção este ano aos candidatos a vereança da cidade. A ideia aqui seria aderir a campanha já deflagrada nas redes sociais de não reeleger nenhum vereador. Não podemos esquecer que uma das funções dos vereadores é fiscalizar o executivo, então se a cidade encontra-se na situação atual, a culpa também é deles.