sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Estamos de mudança

Fala galera, tudo bem com vocês?
Pois é, faz tempo que não posto nada aqui no blog né!? Peço desculpas a todos, mas esse ano foi muito corrido. Último ano da faculdade, TCC, depressão, trabalho chato... E por aí vai, foram vários os motivos para essa ausência. Mas calma, em janeiro estarei de volta, a agora com um grupo de amigos que vão colaborar com textos sobre temas específicos para o nosso blog.

Mas como está no título estamos de mudança, a partir do dia 01/01/2017 o AS CORES DA BAIXADA passa a 'atender' em novo endereço, agora personalizado, então anota aí


Então tenham apenas um pouco mais de paciência, por que em duas semanas estamos de volta!!!

Boas festas, um Feliz Natal, um Próspero Ano Novo e que 2017 seja um bom ano para todos nós por que 2016, bom sobre esse ano prefiro nem comentar, foi osso... kkk



Até 2017 galera!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Ontem foi a mudança, hoje deve ser a resistência

Quatro anos atrás, em São Vicente dizia-se "chega da família França, precisamos de mudança!", e mudamos! A mudança veio com a surpreendente eleição de Luiz Cláudio Bili. As vésperas das novas eleições Bili não apenas deixou de representar mudanças como passou a representar o total fracasso de tal tentativa.

Diante destes fatos, novamente um candidato indicado por Márcio França - Pedro Gouveia (PMDB), lidera as pesquisas com ampla vantagem, havendo inclusive a possibilidade de se eleger já no primeiro turno. Entretanto tal vantagem não é proveniente de sua capacidade política ou carisma,  o fato é que o povo se arrependeu da mudança. Não por este desejo de mudança ser ilegítimo ou qualquer outro motivo semelhante, o problema foi o abismo em que a cidade se afundou nesses quatro anos, em partes por incapacidade de nosso atual prefeito, em partes pela crise financeira mundial e também, não nos esqueçamos, pela prática da política do "quanto pior melhor" por parte de alguns vereadores de oposição ao atual governo e outros políticos ligados à cidade - os quais prefiro não citar para evitar processos - que tinham interesse em retomar o poder.

Por esses motivos a população vicentina está prestes a retroceder e eleger mais um apadrinhado do vice-governador Márcio França, porém isso não me parece boa ideia, pelo contrário, seria entregar o município, de papel passado, para os França e ter que aturá-los no governo por mais não apenas quatro ou 16 anos, mas talvez por décadas. Tudo por conta de uma rápida recuperação inicial da cidade seguida de um longo período de estagnação como já vimos entre 1996 e 2012, nos governos Marcio França e Tércio Garcia.

Mas não é hora de retrocedermos, pelo contrário é hora de resistirmos e seguirmos em frente. É quase certo que desta forma passaremos por pelo menos mais quatro anos de recessão, mas creio ser esse um mal necessário para que possamos mostrar de uma vez por todas para aqueles que querem tomar a cidade definitivamente para si, que não aceitaremos esse tipo de política suja e opressora por eles praticada, que aprendemos a escolher nosso governantes e não vamos nos tornar reféns de um único político, por mais poderoso que ele seja ou pense ser.

Para isso sugiro que, no próximo domingo, tenhamos 2 linhas de raciocínio:

1- Votar estrategicamente para prefeito, visando não apenas aquele candidato que é o seu preferido, mas sim um que tenha reais condições de ir ao segundo turno e vencer Pedro Gouveia.

2- Ter mais atenção este ano aos candidatos a vereança da cidade. A ideia aqui seria aderir a campanha já deflagrada nas redes sociais de não reeleger nenhum vereador. Não podemos esquecer que uma das funções dos vereadores é fiscalizar o executivo, então se a cidade encontra-se na situação atual, a culpa também é deles.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

QUE CAMINHO ESTAMOS SEGUINDO?

Olá amigos leitores, depois de algum tempo de inatividade por conta da correria da vida e da faculdade estou de volta. Para este retorno decidi escrever uma série de textos reflexivos e de opinião. Faço isso para abordar um tema que tocado no fundo de minha alma e me deixado profundamente triste, comigo mesmo e com a humanidade em geral. Que caminho estamos seguindo?



A intenção é abordar algumas a postura preconceituosa vista ultimamente nas redes sociais. Todo esse "discurso de ódio" que mostra lado mais obscuro do ser humano sem o menor pudor. Pra isso vou pegar um caso que repercutiu na mídia e na rede social, o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. Pretendia falar também sobre a morte do garoto de 10 anos de idade em uma troca de tiros com a polícia em São Paulo, mas cortei essa parte (por hora), para o post não ficar ainda mais longo. 

Sobre o estupro o que tivemos de fatos no início dessa notícia? Um vídeo que rodou as redes sociais, onde um cara sacode uma menina desacordada de um lado para o outro, chamando a menina de " a famosa come rato da Barão", mostrando os órgãos genitais dela, dizendo que: "mais de 30 engravidou" e depois mostrando a língua com uma cara de quem se orgulha do que acabou de fazer.

Logo surgiram manifestações de apoio a garota, que segundo um áudio que circula nas redes, não teria sido estuprada e mais, que ela praticaria sexo grupal constantemente. Outros se manifestaram em defesa dos acusados, até aí tudo bem, cada uma acredita no que quer e algumas pessoas acham que ela estava mentindo, porém nesse caso há um áudio onde um suposto traficante repassa a ordem "do superior" para que todos participem desse protesto, "senão...", como podemos ver no fim da vídeo reportagem publicada no site de O Globo.


Agora começa a parte que talvez seja a mais sórdida dessa história e que não tem nada haver com a vítima ou com os estupradores. Mas sim a capacidade desumana de algumas pessoas em fazer piada com o caso, ou ainda de criar teorias para culpar a garota e até terceiros, pelo ocorrido mesmo não duvidando que tenha havido estupro.

A imagem ao lado demonstra a criatividade ou, nesse caso, "crueltividade" do ser humano, para fazer pouco caso da desgraça alheia. Tudo nessa vida tem, ou deveria ter, um limite e fazer brincadeiras desse tipo, com um caso que, das duas uma: Ou marcou eternamente, de forma negativa e traumatizante, a vida de uma adolescente de 16 anos. Se for tudo verdade; Ou acabar com, ou no mínimo marcar da mesma forma, a vida de inocentes. Se for tudo mentira. Ou seja, NÃO HÁ MOTIVOS para piadas irônicas sobre esse caso!

Vale lembrar aqui que mesmo que a garota tivesse consentido o sexo grupal, ela tem 16 anos e não poderia, de forma alguma, com ou sem consentimento, ter sido exposta da forma que foi. Então, mesmo que não tenha sido estupro, um crime foi cometido, pois segundo a Lei nº 11.829 de 2008, art 240, produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar por qualquer meio cena de sexo explicito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente é crime e passível de pena de reclusão  de 4 a 8 anos e multa.

Sendo assim, se você por qualquer motivo repassou (reproduziu) esse vídeo, também pode ser enquadrado por esse crime. Considere isso como um aviso, afinal a quantidade de vídeos "polêmicos" e constrangedores que tem rodado nas redes sociais é algo absurdo.

Existe também uma grande quantidade de pessoas, no mínimo, sem nenhuma noção de bom senso, que tentou ganhar visibilidade com o caso. No Youtube encontramos alguns vídeos condenando a garota ou dizendo que o estupro foi uma farsa. Isso baseados ou no áudio que já citei (onde dizem que a jovem sempre fazia isso), ou simplesmente em conceitos próprios do que é "moral" e "imoral".

Um dos primeiros vídeos que assisti foi postado no canal de um senhor chamado João Lima, em sua página encontrei vídeos com teor e comentários como esse da imagem ao lado. Em seu vídeo Lima tenta desmentir a versão de que houve estupro. Apresentando dois áudios, um de uma suposta amiga da vítima e outro gravado por um "vagabundo" - nas palavras de Lima. Áudios esses que, segundo ele, foram passados pela polícia. Veja que ele afirma que um policial "vazou" áudios que são provas da investigação de um crime hediondo. Por fim ele afirma que a garota faz parte do Comando Vermelho e que é uma "prostituta do tráfico" e mais, ele ainda diz que a maioridade penal deveria ser reduzida para 16 anos para que a garota fosse presa por postar em seu perfil nas redes sociais fotos onde ela segura algumas armas. Não por  - ter mentido e acusado de estupro pessoas inocentes, mas por algumas fotos em sua rede.

Mas ele não foi o único, a youtuber Luana Basto também publicou um vídeo - cheio de xingamentos, palavrões e ódio - onde ela aproveita o caso para, criticar o feminismo, defender Jair Bolsonaro e pregar a revogação do estatuto do desarmamento. Ela comenta que: "se eu tiver com uma pistola e der na cara de um cara desse, ele não vai me estuprar.", acho que ela só não atentou para o fato de que a vítima tem 16 anos e, por esse motivo, mesmo sem o estatuto ela não poderia portar uma arma e se portasse, deveria ser presa segundo João Lima.

Outro que falou sobre o assunto foi Valter César, um brasileiro radicado nos EUA. Valter usou de muita ironia em seu vídeo, chamando a garota de "ó coitadinha", criticando o fato dela, aso 16 anos, estar em um baile funk até de madrugada, defende os acusados baseado na experiência pessoal que teve na década de 90, com um trabalho voluntário que afirma ter feito em uma favela de São Paulo e, além disso, tentou atribuir a culpa pelo ocorrido aos pais que não enxergaram onde essa menina estava e, pasmem, aos professores! Que segundo ele colocaram, não sei oque, na cabeça da menina. E continua com uma linha de raciocínio semelhante a de João Lima, dizendo que toda a repercussão do caso foi para esconder os escândalos políticos recentes. Ou seja, mais uma vez a culpa do estupro é do comunismo, do PT e de Dilma Rousseff.

Por fim, temos o Cidadão-X, que usa uma mascara do Anonimous em seus vídeos. Após uma rápida passada em seu canal, acho que a personagem original não gostaria nada da homenagem feita por nosso amigo. Ele, assim como todos os outros, começa dizendo que é contra o estupro, etc, etc, etc... Porém seu vídeo contém um nível de ódio e incitação a violência que supera todos. Segue questionando, assim como Valter, o que uma menina de 16 anos fazia num baile funk aquela hora - bom ou esses dois não saiam na adolescência, ou tem aquele típico pensamento machista de que homem pode e mulher não - mas diz que não quer dizer que ela tenha culpa, apesar de seus gestos após essa fala darem a entender que não é assim que ele pensa. Mais uma vez os áudios e fotos, citados por João Lima, entram na discussão. O detalhe é que o Cidadão-X deixa claro que ele não tem certeza se as fotos são realmente da garota que foi estuprada, mas mesmo assim as exibe. Ele ainda tenta insinuar que talvez a garota só tenha dito que foi estupro e não sexo consentido por que o vídeo caiu na rede. Mas aí eu questiono: "Quem em sã consciência tem mais medo de ficar mal falado(a), do que de acusar falsamente de estupro um grupo de traficantes?".

Mas a parte boa de termos esses vídeos postados pelos detentores da verdade, é que agora sabemos que na verdade esse caso é apenas uma manobra das feminazis em conjunto com os comunistas dos direitos humanos aliados ao PT e Dilma Roussef, para criar uma falsa sensação de insegurança no país e assim tentar reverter o processo de impeachment da presidenta. Desculpem amigos, não resisti a ironia.

Repare que em nenhum dos vídeos houve um questionamento razoável e baseados no fatos. Vimos apenas suposições e acusações, não só contra a vítima, mas também contra pessoas e entidades que não tem nenhum envolvimento com o caso. nenhum deles alegou o fato óbvio de que no primeiro vídeo não fica comprovado que houve estupro, mas apenas que mais de um homem transou com a garota. Também não passaram a informação importante de que mesmo que não tivesse havido o estrupo e sim sexo consentido, o fato deles gravarem e divulgarem um vídeo com aquele teor, expondo uma adolescente, seria crime. E o pior, não informaram seu público que compartilhar aquele vídeo também é crime, não apelaram para que, independente de ser ou não crime, não continuassem compartilhando o vídeo pois estavam expondo a intimidade de uma pessoa e isso não é certo.

Então, se eles não tinham nada a acrescentar, não pretendiam iniciar um debate sobre a questão do estupro no Brasil, não tentavam abrir os olhos de seus seguidores para o fato de que compartilhar esse vídeos polêmicos que expões a intimidade das pessoas como o da menina estuprada, o da Fabíola (aquela da manicure, do gordinho da saveiro), aqueles em que mulheres da periferia aprecem aos tapas e socos por causa de um homem e tantos outros do tipo...

POR QUE GRAVAR ESSES VÍDEOS??? 

Infelizmente não vejo outra resposta a não ser a vontade tão forte de aparecer, a ponto de deixar de lado o bom senso, a ética e a moral e usar a desgraça alheia como trampolim para fama.


Por: Armando Cândido

terça-feira, 8 de março de 2016

Documentário produzido por moradores dos morros da Baixada Santista estréia neste domingo

Curta-metragem “Aluguel de Chão” foi produzido durante oficinas de Documentário. Iniciativa é do grupo Guerreiros do Progresso e dos institutos Elos e Querô

Depois de um ano de aprendizado e muito trabalho, chega a hora de assistirmos o filme produzido pelo grupo Guerreiros do Progresso e moradores de mais 5 bairros. O documentário “Aluguel de Chão” estreia neste domingo (13/03), às 18 horas, na Praça da Caixa D'água, em frente à Sociedade de Melhoramentos da Vila Progresso. O curta-metragem nasceu da união de moradores da Vila Progresso, Morro do Tetéu, Morro do José Menino, Vila dos Criadores (Santos) e Vila Charm's (São Vicente) e foi produzido durante oficinas de documentário que deram voz aos moradores para abordar o cotidiano de suas comunidades.

As oficinas integraram o projeto Roda VP, iniciativa comunitária apoiada pelo Elos por meio do programa Comunidades Empreendedoras, impulsionado pelo Fundo Socioambiental da Caixa. A consultoria do Instituto Querô ofereceu formação em audiovisual para cerca de 25 pessoas fortalecendo os conceitos de autonomia e coletividade.

A ideia de realizar oficinas de documentário foi fruto de um processo que começou em 2014 com a realização do programa Guerreiros Sem Armas. O grupo de moradores da Vila Progresso que se uniu a partir desta mobilização sonhou fomentar o movimento cultural nos morros, iniciando pelo seu próprio bairro, e realizou 5 saraus e 11 cinemas de rua para crianças. A partir de maio, o projeto Roda VP ganhou reforços com a parceria com o Instituto Querô. Foram 9 encontros de formação, passando por etapas de pesquisa, roteiro, filmagem e finalização e gravações, realizadas em novembro.


Para Thaís Polydoro, do Instituto Elos, as duas instituições trazem diferentes metodologias que se complementam entre si. “A expertise do Elos ao longo dos 15 anos de atuação é realizar mobilização comunitária para fazer acontecer sonhos em um curto espaço de tempo. Quando os Guerreiros do Progresso desenharam o Roda VP, vimos que tinha muita sinergia com a atuação do Instituto Querô".

“Foi enriquecedor para nós do Querô trabalharmos com os moradores da comunidade. Há histórias para contar em todos os lugares, e ficamos felizes por podermos ajudá-los a discutir temas relevantes ao dia-a-dia dos moradores, tendo o cinema como um aliado”, comenta o coordenador de projetos do Instituto Querô, Claudio Maneja Jr.

Sobre o filme – A casa é própria, mas o terreno é alugado. Por mais estranho que pareça, essa é a realidade de muitas pessoas da Vila Progresso, comunidade que fica no ponto habitado mais alto de Santos, cidade do litoral de São Paulo e comunidade parceira no Guerreiros Sem Armas 2014. O documentário, produzido por moradores do local e de outras comunidades da Baixada Santista, busca compreender a questão na perspectiva de várias partes envolvidas e suas possíveis alternativas.

Instituto Elos – Organização sem fins lucrativos de utilidade pública municipal, estadual e federal. Nasceu com o objetivo de empoderar pessoas à construção de espaços com mais qualidade de vida, impulsionando o movimento de fazer acontecer o mundo que todos sonhamos. Saiba mais em www.institutoelos.org ewww.fb.com/InstitutoElos.

Instituto Querô – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que utiliza o audiovisual como ferramenta para estimular talentos, promover a inclusão cultural, transmitir valores, desenvolver o empreendedorismo e dar voz a jovens que vivem em condições de risco social. Realiza anualmente dois projetos sociais: Oficinas Querô e o Querô na Escola, que promovem a inclusão cultural e estimulam talentos. O resultado se traduz nos 85 filmes e 45 prêmios conquistados. Saiba mais em www.institutoquero.org ewww.fb.com/institutoquero

Guerreiros do Progresso – Grupo de moradores da Vila Progresso que vem atuando desde 2014 realizando ações na comunidade. Em 2015, foram iniciados os projetos Roda VP, para impulsionar o movimento cultural local, e o VP na Praça, que envolve o cuidado com a Praça Cultural Nilson Alves, construída pelos próprios moradores em mutirão comunitário.


Sugestão de pauta: Ivan De Stefano (Imprensa Querô)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

CURTA A PIONEIRA

Prestes a completar 72 anos, a escola de samba G.R.C.E.S. X9 vira tema de um curta metragem.

Foto Divulgação

Foto Divulgação
O curta metragem A Voz do Samba: Amor, Suor e Tradição irá mostrar a paixão da comunidade pela Pioneira. O objetivo do jovem casal de cineastas Kamilli Semenov, 18 anos, e Júlio Lucena, 26 anos, é expor o oceano de emoções que envolve os integrantes da escola, desde os primeiros dias de preparação, até o anúncio da última nota do último jurado. Para isso eles acompanharam desde o dia a dia no barracão da escola e os ensaios a céu aberto, iniciados em em novembro de 2015, até a apuração das notas do desfile de 2016, tentando retratar todo trabalho e sentimento para se realizar um desfile nota 10.

"Tenho 44 anos só de carnaval, a escola de samba passou a ser parte do dia a dia, vamos dormir pensando em escola de samba, levantamos pensando em escola de samba. E depois que eu aposentei então, ficou mais intenso", relata João Henrique Makumba que começou como ritmista, passou a ser diretor geral de carnaval e atualmente é compositor, apresentador e se dedica a marcenaria artística da escola.

Foto Divulgação
A ideia para o documentário surgiu da vontade de ambos em realizar um trabalho juntos. O jovens que se conheceram nas oficinas de audiovisual do Instituto Querô, descobriram que o carnaval era algo que unia os dois. Júlio sempre gostou e acompanhou carnaval, já Kamilli, apesar de nunca ter desfilado, nasceu em uma família que sempre foi xisnoveana, "pra mim, era o ano inteiro carnaval".

Acompanhar a rotina exaustiva da comunidade durante preparações, que atraiam centenas de pessoas para os ensaios a céu aberto, não foi fácil. No começo do projeto a dupla não tinha apoio, mas isso não os desanimou “Além de podermos contar uma história com extrema riqueza cultural para o estado de São Paulo, também estamos contando histórias de amor”, comenta Julio Lucena. “É como se a X-9 fosse a principal inspiração e motivação para que a vida destas pessoas faça sentido!”. Somente após os primeiros resultados, com teasers e fotos divulgadas nas redes sociais é que as parcerias começaram a aparecer.

Equipe, da esquerda para direita: Júlio Lucena (diretor), Kamilli Semenov (diretora), Alex Aguiar (fotógrafo), Rachel Munhoz (fotógrafa), Cássio Santos (som).


A previsão de lançamento do filme é para o dia 1º de maio de 2016, data em que a Pioneira completa 72 anos. A expectativa de Kamilli é emocionar a escola e a comunidade - que está acostumada com coisas simples como gravações de celular - com a estréia do curto, Júlio afirme que: "O grande objetivo de contar uma história, é vê-la sendo contada em vários lugares","O que compensa não é nem o retorno financeiro, as sim a história ser contada e viajar o país" afirmou.

Sobre os diretores


Kamilli Semenov - participou de 9 curtas-metragens em funções como: diretora, assistente de direção e produtora. Recebeu o prêmio de melhor filme e direção pelo filme “Tempo é Morfina” no 13º Curta Santos. Foi apresentadora e produtora no programa Clube de Cinema, na Rádio Cacique de Santos e mediadora do Jogo de Cinema. Atualmente trabalha como assistente administrativa na Produtora Querô Filmes e Instituto Querô e ministra palestra e oficinas de produção audiovisual.

Júlio Lucena - trabalhou com produção de eventos artísticos e culturais em 2011 e participou de 13 curtas-metragens em variadas funções, como: fotografia, roteiro, produção e direção. Como destaque, foi um dos diretores do documentário Carregadores do Monte, que ganhou o Prêmio de menção honrosa no 42° Festival de Cinema de Gramado (2013). Atualmente, trabalha como freelancer e participa de diversas produções para TV, cinema, eventos, filmes institucionais e publicidade, exercendo a função de assistente de câmera e cinegrafista.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

OFICINAS QUERÔ ABREM INSCRIÇÕES PARA NOVA TURMA DE AUDIOVISUAL

Projeto realizado pelo Instituto Querô comemora 10 anos em 2016. Jovens de 14 a 18 anos, estudantes de escolas públicas, podem se inscrever

FOTO DIVULGAÇÃO
Já pensou em produzir seu próprio filme? As Oficinas Querô estão com inscrições abertas para a nova turma de audiovisual. Jovens de 14 a 18 anos, estudantes de escolas públicas de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão e de baixa renda familiar podem participar da seleção. As inscrições seguem até 29 de fevereiro, pelo site www.institutoquero.org ou pelo Facebook – fb.com/institutoquero -, no aplicativo “Inscreva-se – Oficinas Querô”.

FOTO DIVULGAÇÃO
Com patrocínio do Banco Votorantim, MSC Shipping e Viação Piracicabana, ao todo, 40 jovens serão selecionados. Durante um ano, com aulas três dias por semana, realizadas na Unimonte, os jovens passam por todas as etapas de uma produção audiovisual, atuando como roteiristas, diretores, cinegrafistas e outras funções do cinema, além de atividades de formação cidadã, humanismo e expressão verbal. Com patrocínio da ThyssenKrupp, os que mais se destacam no primeiro ano de curso, têm a chance de ingressarem em um segundo ano de capacitação, com aulas voltadas para preparação ao mercado de trabalho.

As aulas são ministradas por profissionais renomados do cinema nacional, que orientam os jovens durante as suas próprias produções: um documentário e uma ficção. Em dezembro, os filmes do ano são exibidos em sessão especial realizada no Cine Roxy e, em seguida, inscritos nos principais festivais de cinema do país.

FOTO DIVULGAÇÃO
Junto às aulas de capacitação audiovisual, as Oficinas Querô oferecem transporte e entrada ao cinema gratuitos, tratamento dentário pelo projeto Dentista do Bem e acompanhamento social junto às famílias. O projeto conta ainda com a parceria do Sesc, apoio da Prefeitura de Santos e Unicef. As aulas começam em março, de terça a quinta, das 15h às 18h. Mais informações pelo email inscricoes@institutoquero.org. Siga também instagram.com/institutoquero.


Dez anos de Oficinas Querô


FOTO DIVULGAÇÃO
Em 2016, o projeto comemora 10 anos! Nesse período, mais de 340 jovens já se capacitaram nas Oficinas Querô e o impacto social se reflete nos 120 jovens inseridos no mercado de trabalho, nos 95 filmes produzidos e nos 46 prêmios conquistados. Para comemorar, diferentes atividades estão sendo programadas ao longo do ano.

A idéia para a criação das Oficinas Querô surgiu ainda em 2005, após a gravação do longa-metragem Querô, do cineasta Carlos Cortez e da produtora Gullane Filmes. No elenco estavam 40 jovens das áreas mais carentes da região portuária de Santos, selecionados após um ano de pesquisa e mais de 1200 testes de elenco. Com o fim das gravações, a transformação destes meninos foi tão positiva que, a Gullane junto ao Unicef, desenvolveu um projeto de continuidade, criando as Oficinas Querô. Desde então, todos os anos, 40 jovens têm a oportunidade de estudar cinema e transformarem suas realidades.

O projeto é uma realização do Ministério da Cultura e Instituto Querô, organização sem fins lucrativos, que desde 2006 acredita no audiovisual como ferramenta de transformação social, despertando talentos e tornando os jovens protagonistas de suas ações.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

SECRETÁRIO DE CULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO ANUNCIA O RETORNO DAS OFICINAS CULTURAIS PARA CADEIA VELHA DE SANTOS

Essa é a manchete que dezenas de artistas da Baixada Santista - que se reuniram nessa quinta-feira, no Cine Roxy, no Gonzaga - gostariam de ver estampada nos jornais esse fim de semana - e eles conseguiram. Mais de 60 artistas, de diversos segmentos, se encontraram na noite dessa quinta-feira (14), para realizar uma manifestação contra o grupo de empresários que vinham tentando instalar um museu no prédio da Cadeia Velha de Santos, local onde eram realizadas oficinas culturais antes do seu fechamento em 2011 e das reformas iniciadas em 2014.

O Escracho - nome dado pelos manifestantes para o protesto - teve inicio por volta das 20h, no hall de entrada do cinema - o local foi escolhido devido a ligação de Antônio Campos Neto, mais conhecido como Toninho Campos, com o movimento pró museu. Com a apresentação de uma cena teatral, onde o secretário de cultura de Santos Fabião Nunes inaugurava o Museu da História de Santos no Cine Roxy, os participantes criticaram a secretaria estadual de cultura - que em audiência A Tribuna que, em relação ao futuro da Cadeia Velha, "quem pagar mais leva!".
pública em 2015, havia garantido o retorno das oficinas culturais para cadeia velha - o grupo de empresários que propôs a ideia e o secretário de cultura de Santos Fabião Nunes, que segundo o movimento artístico teria declarado ao jornal



Em seguida, mesmo observados de perto pela polícia militar, o grupo seguiu rumo ao Shopping Parque Balneário Hotel para "assinar" a petição pró museu que lá se encontrava. Lá chegando eles encontraram uma cena estranha, a petição se encontrava logo abaixo de cartazes de outra petição - contra a corrupção. Os artistas entenderam isso como uma manobra da OS para iludir a população e conseguir mais assinaturas para o projeto do museu. O grupo, com cerca de 60 pessoas, chamou a atenção de todos que estavam no shopping e deixou ali sei protesto silencioso.




Veja como foi o Escracho no Cine Roxy.





VALEU A PENA

Na manhã desta sexta-feira (15), diversos jornais da região noticiaram a decisão da secretaria de cultura do estado de São Paulo. A vontade dos artistas e de 75% da população da Baixada Santista - segundo pesquisa de opinião encomendada pra prefeitura de Santos - prevaleceu. As oficinas culturais voltarão ao seu antigo lar, que agora será conhecido como Centro Cultural Cadeia Velha de Santos.



As Cores da baixada apoia!!!

Por: Armando Cândido